A publicidade do futuro – 14º Fórum de Comunicação [UFN]

No dia 15 de agosto o tema Publicidade do futuro foi discutido em um dos painéis oferecidos no 14º Fórum de Comunicação da Universidade Franciscana (UFN). Tema com alto teor de debate teve como painelistas a sócio-diretora aqui da Agência Advertência Raquel Martins, a Presidente da Associação Regional de Publicidade (ARP) Liana Bazanella, o videomaker Dérick Borba, o mestrando em Comunicação pela UFSM Lucas Schuch e o Doutorando em Jornalismo pela UFSC Marcelo Barcelos.

O bate-papo ministrado pela professora da UFN Pauline Fraga abordou questões importantes sobre o desfecho da publicidade frente as rápidas e constantes mudanças no comportamento do consumidor, frequentes inovações tecnológicas, o aumento do uso da mídia programática, e o aumento pela busca de praticidade no momento do consumo.

A era digital chega de maneira muito agressiva, mudando hábitos de consumo não só de produtos/serviços, como também de mídias. Já não é novidade que os modelos de publicidade não são mais os mesmos. Vivemos a era de escolhas, não de imposições. A  publicidade precisa conversar mais de perto com o seu cliente, precisa ser mais humana e menos impositiva. Ela precisa ser persuasiva a ponto do seu público escolher por ela.

Paralelo a esse momento de facilidades, o consumidor muda o seu hábito para um perfil que exige resoluções mais rápidas e práticas. Não se quer perder mais tempo, as coisas precisam se resolver em um clique. Os vídeos estão tendo cada vez mais alcance porque as informações são facilitadas quando entregues de maneira audiovisual. As pessoas consomem muito mais, mas querem tudo mais fácil e rápida.

“A minha diversão é abrir as caixas que compro pela internet.” cita Dérick que se encaixa nesse perfil de público da nova era e conta que não tem mais hábitos de consumir as mídias tradicionais.

Mas não se engane que essa tendência de comportamento já é algo que acontece com a grande massa. Talvez na próxima geração vivamos uma era totalmente digital e muitas empresas tenham que se adaptar a esse novo formato. Mas, as mídias tradicionais ainda são muito presentes no momento de decisão pela compra. Os veículos e formatos tradicionais, ainda garantem mais tranquilidade e segurança à grande parte do público mais velho e de regiões mais interiorianas.

Contrapondo a fala de Dérick, Liana – primeira presidente mulher da ARP –  complementa que, embora as novas tecnologias e tendências já estejam bastante presente no dia-a-dia do consumidor, existem ainda muitas realidades em que elas não se adaptam.

Raquel complementa, salientando a importância de manter a atenção sempre nas personas e nas regiões onde vão desenvolver as campanhas, que somente dessa maneira é possível garantir bons resultados.

É fácil prever o futuro da publicidade. Estar de fato sempre de olho no novo e se atualizando deixou de ser uma opção. Para que as empresas de publicidade se mantenham no mercado de trabalho, vai ser básico estar sempre se atualizando e estudando as novas tendências. O fato é que a publicidade não vai acabar. O que vai mudar (e já está mudando) é a maneira de se comunicar. É a maneira de persuadir e conquistar o público.

 

 

Foto 1: Thais Trindade/LABFEM e foto 2: Milena Denardim/ADVT

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