4 maneiras de driblar os bloqueios criativos

Aaaah, os bloqueios criativos… Quem nunca, né!?

O que fazer? Chorar é uma boa solução? Onde focar essa tensão?

Acho que podemos pular aquelas máximas de “respire, saia da frente do computador e dê uma volta, alongue, fume um cigarro, coma uma fruta…”. Não descartamos nada disso, afinal, cada um tem seus métodos de desopilar e consumir conteúdos e experiências que agregam intelectualmente. Tudo isso é muito válido. Precisamos estar bem, relaxados e ter boas referências para a criatividade fluir. E sabemos que isso não é só no momento de pesquisa no trabalho, mas um exercício diário.

Seguimos no viés de técnicas empíricas para serem aplicadas, não só nas horas de aperto, mas também para desenvolver nosso próprio processo criativo. Se partirmos do entendimento de que trabalhamos com a imaginação, a palavra “bloqueio” se torna muito forte e limitadora. Podemos substituí-la por preocupações ou exigências na hora de criar, por exemplo. Será que isso ajuda de alguma forma?

O que devemos considerar antes de começar a ideação é guiar a nossa imaginação. Desde o processo do brainstorming, precisamos de um norte para não ficar atirando para tudo quanto é lado. O brainstorm vai ajudar a enxergar várias possibilidades e pontos de vista. Delimitar o problema nessa hora é fundamental para tentar evitar as “refações”. Caso contrário, pode acontecer de criar toda uma campanha sem estar de acordo com o que foi pedido, aí paciência… Vai ter que começar do zero. Se tiver qualquer dúvida, sempre pergunte antes de começar.

1. Crie um layout base

Criar um layout base para apresentar ao cliente pode ser uma opção mais rápida para otimizar o seu tempo. Claro que há uma boa parcela da população que precisa do estímulo visual para entender uma campanha como um todo, mas, na maioria das vezes, você consegue defender a sua ideia a partir de uma arte base. Depois de debatido e aprovado, aí sim pode ser replicado nos demais formatos.

2. Busque referências

Pode parecer óbvio, mas vale reforçar: o primeiro passo é buscar referências, ver o que já foi feito, fazer o benchmarking (mas não tão minucioso aqui; no caso da Direção de Arte, é mais uma pesquisinha básica). Buscar essa inspiração, ~NÃO COPIANDO~, vai ajudar bastante para pensar cores, tipografia e outros elementos que podemos usar na arte.

3. Defina palavras-chave

Para resumir e assimilar o briefing na hora de iniciar o trabalho, pode-se pensar em palavras chave que contemplem o que se quer transmitir, como se fosse um brainstorming visual. Olhar para as imagens que aparecem pode despertar diversos insights e abrir outros campos de possibilidades. Isso pode ajudar você a demonstrar visualmente coisas aparentemente intangíveis e também criar peças diferenciadas.

Peguemos, por exemplo, uma situação de um cliente que tem uma livraria e vai servir café gourmetizado. A chamada diz: “O café com gosto amadeirado que aguça seu intelecto.”. Há inúmeras possibilidades de abordar visualmente essa chamada. Poderia simplesmente usar uma imagem desfocada de alguém lendo como fundo, uma xícara de café em primeiro plano e largar o texto em cima. Outra opção é incrementar um pouco mais com diferentes elementos, e assim por diante.

4. Pesquise imagens-chave

No exemplo citado acima, temos 3 pontos para explorar: café, madeira e intelecto (intangível). Dá um Google Imagens para cada palavra-chave para estudar as possibilidades que aparecem. A pesquisa da palavra café vai mostrar, além da xícara com fumacinha, o grão, o pé de café, a máquina, desenhos em espuma, copo para viagem, bule, saco de estopa, leiaute com madeira e uma infinidade de opções. A pesquisa das outras palavras também vai trazer diversas alternativas.

A partir daí, você seleciona as imagens que achou mais interessante, criando, assim, conexões entre as palavras-chave, e mantendo elas como referências criativas para iniciar o seu processo de criação a partir do conceito que você precisa trabalhar. O diferencial do Diretor de Arte no processo de criação é poder ir além do comum, desfragmentar os signos e criar outras possibilidades. A oportunidade de brincar com o lúdico é um dos aspectos mais fascinantes de trabalhar com a imaginação.

Bloqueios criativos não são o fim do mundo. São processos naturais e você com certeza conseguirá driblá-los. Se quiser conversar mais sobre isso ou tem uma dica para somar neste post, comenta aí embaixo. Vou adorar conversar com você!

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