Um bate-papo sobre Mulher

O dia 08 de março é lembrado mundialmente como momento de mobilização para a conquista de direitos trabalhistas iguais para homens e mulheres. Porém, desde o final do século 19 até os dias atuais, na prática isso ainda não aconteceu.  Estamos em 2018 e a mulher ainda é tratada como inferior, como incapaz, como objeto. Tendo em vista esse cenário, foi que a @agenciagema, Agência de Publicidade Experimental do Centro Universitário Franciscano, promoveu neste último dia 08 de março um bate-papo, para debater sobre o protagonismo da mulher no mercado publicitário.

Em um mercado que há pouco tempo ainda era bastante dominado pelos homens, percebemos uma grande crescimento na representatividade feminina. Porém, em partes, atribuímos isso ao fato que a área da comunicação já conseguimos instituir um discurso muito mais aberto em relação ao assunto e defender nossos interesses. Embora algumas dúvidas ainda culminem a mente de estudantes que levantaram o questionamento sobre roupas, acessórios e maquiagens que as mulheres seriam instruídas a vestir em seus cargos, para melhorar a venda, ou por ameaça de perder seus empregos, como cita a matéria do estudante de Jornalismo Eduardo Biscayno que escreveu para o site CentralSul Agência de Notícias, contando do bate papo em um blogpost com o título:

“Não é o batom vermelho. Tem outras coisas além disso”

Mas, o que fazer para que a igualdade entre gêneros seja um assunto global e intensamente discutido?

Na ocasião, pudemos ouvir a consideração de uma estudante do curso de administração que levantou  a importância do evento, dado o fato que nem todos os cursos se preocupam em falar sobre isso, sendo o dela, um exemplo disso. Além disso, percebemos ainda, que a maioria dos homens da nossa geração ainda não se interessam pelo tema dado ao número de participantes homens e/ou não sabem ao menos reconhecer quais atitudes são consideradas machistas.

Como fazer para que as nossas crianças não desenvolvam esse olhar de desigualdade, se seus educadores não são instruídos a fazer diferente? Bem, é claro que são inúmeros os caminhos que devemos percorrer até que a equidade de gêneros realmente aconteça, mas considero que a educação seja o primeiro passo. E não falo só da educação infantil, também na educação instruída, aquela que vai mostrar para os homens e mulheres que cresceram sob um sistema machista e patriarcal quais atitudes que, de fato são consideradas machistas pela sociedade que devem começar a ser evitadas.

Penso que o nosso futuro está nas mãos dos educadores. Por favor, entendam educadores como pessoas responsáveis por educar e não apenas professores. Incluo aqui pais, mães, avós, tios, amigos, pessoas que são referência para as nossas crianças, pois elas nos trazem a esperança de uma mundo mais igual. Sejam exemplo, procurem saber mais sobre os movimentos e o porque eles existem e mudem. Sejam exemplos e ajudem a construir um futuro melhor e igual para todos.

Fica aqui o meu agradecimento em ser convidada a participar desse evento com esse propósito tão verdadeiramente importante e por me considerarem parte das mulheres que são exemplo de protagonismo. Fica também o meu apelo para que nós, mulheres da comunicação, que temos acesso a levar a informação para todos através da nossa profissão, consigamos levar para a nossa sociedade uma visão mais igual e mais justa, desconstruir estereótipos  e que possamos persuadir as nossas marcas parceiras a fortalecer e mudar essa realidade social.

Não pare por aqui

Há mais para explorar!